Dólar, Real, Euro, Libras, entre tantas outras, são moedas chamadas de fiduciárias, que representam a unidade monetária oficial de um determinado país. Existem, hoje, aproximadamente 180 tipos diferentes de moedas. Esse montante já é considerável, com praticamente cada país do mundo possuindo sua própria referência. As criptomoedas, porém, são diferentes. Embora o Bitcoin seja a primeira moeda digital desenvolvida e a mais conhecida, estimativas apontam que existem mais de 10 mil outras criptos espalhadas pela internet. Muitas delas, infelizmente, acabaram não vingando ou não possuem um projeto tão interessante para serem atrativas e ganhar os holofotes do grande público. Entretanto, você já deve ter ouvido falar no Ethereum. A segunda maior criptomoeda em valor de mercado – US$ 197 bilhões – possui características muito distantes ao Bitcoin e já é tem sua tecnologia bastante consolidada. Se você ainda não conhece os aspectos mais profundos do Ethereum, vem com a gente!
O que são criptomoedas?
Antes de especificar as características do Ethereum, é sempre importante relembrar o que são as criptomoedas. Desenvolvida primeiro com o Bitcoin, as moedas digitais são moedas existentes apenas no mundo virtual. Assim como acontece no mundo real, onde as cédulas possuem uma série de mecanismos para comprovar sua unicidade, as criptomoedas também apresentam essa característica. Com isso, cada unidade da moeda digital é composta por um código alfanumérico extenso, responsável por diferenciá-las. As criptomoedas também precisam estar presentes e operando em um blockchain. É esta plataforma que vai ser responsável por registrar, validar e fazer acontecer as transações das moedas ou informações entre os usuários.
Cada uma dessas moedas pode possuir funções distintas. O Bitcoin, por exemplo, é usado majoritariamente como transferência de valores, sendo, hoje, aceito facilmente como método de pagamento, por exemplo. Já outras moedas, como o Ethereum, apostam na flexibilidade da tecnologia, fornecendo smart contracts, geração de NFTs e outros serviços de desburocratização e validação de produtos e cadeia de suprimentos.
O que é o Ethereum?
Aqui, existe uma certa “pegadinha”. Ao contrário do que muitos pensam, Ethereum não é uma criptomoedas, mas, sim, o blockchain, em que a moeda nativa, Ether, funciona. Isso é mais ou menos o que acontece com o Bitcoin. Na escrita com a letra ‘B’ maiúscula, estamos nos referindo ao blockchain. Já quando usamos a letra ‘b’ minúscula, essa sim é a criptomoeda bitcoin.
Enfim, este foi apenas um ponto de “nerdice” do redator! Como o termo Ethereum já se consolidou como o nome da moeda digital, manteremos dessa forma para ninguém se confundir, ok?
O Ethereum, portanto, nada mais é que um blockchain e também uma criptomoeda, assim como o Bitcoin. Porém, o método com que a plataforma funciona, permite que o Ethereum opere diversas funções, que vão além da transação de valores.
Essa flexibilidade e aprimoramento do blockchain, permite que o Ethereum forneça serviços diferenciados, como a elaboração de smart contracts. Isso é possível, pois a rede ultrapassou – não completamente – os vários problemas de escalabilidade, velocidade de validação e custo de operação.
Enquanto o Bitcoin gasta muito tempo e dinheiro para preencher um contrato inteligente, o Ethereum consegue fazer isso de forma muito mais veloz e menos custosa. Com a recente atualização para o Ethereum 2.0, é possível que essas funções se tornem ainda mais eficientes.
O que o Ethereum oferece?
Das 10 mil criptomoedas existentes no mundo, uma boa parte delas utiliza o blockchain do próprio Ethereum como base de operação. Geralmente, essas moedas são chamadas também de Tokens ERC-20, ou seja, tokens desenvolvidos com a tecnologia do Ethereum. Isso acontece, pois, além da transferência de valores, o Ethereum consegue fornecer diversas outras funções com considerável eficiência.
Ethereum na produção de Smart Contracts
Também conhecidos como contratos inteligentes, eles são, hoje, um hype imenso entre as empresas. Eles funcionam como contratos criptografados, validados por um blockchain, em que duas ou mais partes não só podem assinar o documento de forma digital, como também podem acessar e oferecer acesso ao contrato a outras partes interessadas. Outra característica – e talvez a principal – seja sua capacidade de ser auto-executável.
Para exemplificar, vamos pensar em uma seguradora de automóveis. A partir de um smart contract, é possível firmar um acordo com a empresa para que, caso seu veículo seja roubado, você receberá 100% da tabela FIPE do mesmo carro. Esse contrato é assinado rapidamente, entrando automaticamente no sistema, pois o blockchain irá validar as informações e assinaturas em segundos.
Em caso de necessidade de acionar a apólice do seguro, a partir de procedimentos pré-estipulados em contrato, é possível, por exemplo, inserir uma nova informação no blockchain, como o boletim de ocorrência do furto do veículo, além da solicitação da ativação da apólice.
Aqui, o próprio blockchain será responsável por validar todos esses documentos e, automaticamente, executar o contrato. Assim, um processo que poderia levar meses, passa a levar poucos dias, senão, algumas horas, a depender dos critérios usados pela seguradora.
Ethereum e a geração de NFTs
Os famosos tokens não fungíveis se tornaram um viral em todo o mundo. No Brasil, então, nem se fala. Um levantamento mostra que o país é o segundo maior consumidor da tecnologia.
Em nosso Blog temos vários textos falando especificamente sobre os NFTs, e você pode acessá-los aqui. Mas, de forma geral, os tokens não fungíveis são a representação digital de um item que tem como característica ser único, raro, exclusivo e colecionável. Há diversos exemplos, hoje, como músicas, obras de arte, entre outros objetos.
De uma maneira mais prática, é criado uma espécie de smart contract, em que dá direito de posse e execução de determinado item. Tudo isso validado pelo blockchain.
Vamos a um exemplo? Imagine que você adquiriu um quadro de Picasso (Uau!). Porém, você gostaria que ele continuasse exposto em algum museu. Um NFT, portanto, resolveria o problema. Afinal, você teria um token, que representaria um contrato, validado por blockchain, garantindo que aquela obra é sua, podendo ser retirada ou vendida quando você bem entendesse.
Ethereum participando da cadeia de suprimentos
A cadeia de suprimentos nada mais é que a história de um produto. Imaginemos um pacote de café. Até chegar à mesa de sua casa, ele é plantado em determinado local, colhido, torrado, triturado, armazenado, embalado, transportado, exposto no supermercado e, então, chega à mesa do consumidor.
Esse longo processo, que foi inclusive resumido aqui, pode ser rastreado completamente a partir da tecnologia do Ethereum. Não seria legal, por exemplo, saber onde o café que você está tomando foi plantado, assim como o horário de sua colheita e o período de torra? Ou então, saber quais foram os agricultores que participaram da produção deste café? Isso não só mostra o processo para o consumidor, mas traz muita confiabilidade e fidelidade à marca que está fornecendo este produto.
Um grande ponto a ser destacado aqui é que o blockchain, de forma geral, assim como o do Ethereum, tem suas informações imutáveis. Isso quer dizer que, uma vez registrado, esse dado nunca mais poderá ser alterado. Assim, você tem total garantia de que seu café teve, por exemplo, o período de torra exato ao que o sistema aponta.
Hoje, há diversas empresas que trabalham com o blockchain para este fim. O WalMart, por exemplo, utiliza a tecnologia para garantir a origem das carnes comercializadas no supermercado. A Nestlé tem uma linha de café, inclusive no Brasil, que leva esse tipo de registro ao consumidor. Na Ásia, os cativeiros de salmão apelam ao blockchain para garantir que o peixe é de fato da espécie indicada. Por fim, dentre tantos outros exemplos, a Nike lançou uma linha de calçados exclusiva e, com o blockchain, conseguiu dar garantia de que o comprador estaria adquirindo o tênis original e não uma falsificação.
Atualização do Ethereum
O Ethereum já passou por diversas atualizações em sua história. Entre elas, está o The Merge, uma das mais importantes. Você pode conferir mais detalhes sobre as mudanças neste link.
Porém, vale introduzir um pouquinho do que essa mudança oferece. O Ethereum utilizava o modelo Proof of Work na validação das transações, igual ao Bitcoin. Isso quer dizer que são necessários computadores potentes e de grande capacidade processual para realizar complexos cálculos matemáticos e, assim, confirmar ou rejeitar as transferências entre os usuários. Uma das grandes críticas deste método é o alto consumo de energia elétrica e a emissão de poluentes na atmosfera.
Com a atualização “The Merge”, do Ethereum, os usuários, agora, podem validar as transações a partir da metodologia Proof of Stake. Neste caso, não há mais a necessidade de computadores especializados. Aqui, o usuário que deseja se tornar um validador da rede precisa “travar” 32 Ethereums na rede, que vão ser usados como garantia pelas operações. A implementação, inclusive, segundo o próprio desenvolvedor do Ethereum, Vitalik Buterin, reduziu em 99,9% a emissão de gases na atmosfera, já no primeiro dia após a atualização.
Se o Bitcoin é uma revolução do sistema financeiro, o Ethereum é uma revolução do blockchain, expandindo a funcionalidade e trazendo novas perspectivas para a tecnologia. Vale destacar ainda que esta é uma plataforma nova, com cerca de 12 anos de existência. Especialistas ainda quebram a cabeça para tentar descobrir que outros mistérios existem e quais novas funções o blockchain, assim como o próprio Ethereum, pode oferecer ao mundo!
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