Apesar do Bitcoin e outras criptomoedas serem vistas principalmente como uma fonte de investimento para perfis mais agressivos, o que passa despercebido por muitos é a tecnologia que faz todas essas moedas digitais existirem e funcionarem, que é o caso do Blockchain. De acordo com uma pesquisa da Rapid, 94% das empresas listadas na Fortune 500 tem o interesse em aplicar a tecnologia blockchain em suas operações. Em nível público, os governos ainda seguem com dificuldades em encontrar um padrão de regulamentação para os criptoativos. Entretanto, o uso do blockchain também já é uma realidade, pelo menos em São Paulo. O governo aprovou a tecnologia para dar mais transparência a seus processos.
O que é Blockchain?
Blockchain funciona como um grande livro-caixa, sendo possível registrar diferentes tipos de informação. Porém, o que esta tecnologia oferece de novidade é a maneira como esse registro é feito. Um determinado número de dados é alocado dentro de um bloco. Outros computadores conectados à rede precisam, então, validar cada uma dessas informações, por meio, por exemplo, de complexos cálculos matemáticos. Essa tarefa é importante, pois ela resolve a “criptografia” dos registros, garantindo que tudo é autêntico e está protegido.
A partir da validação desses blocos, eles são armazenados de forma sequencial e cronológica, contando ainda com um selo criptográfico. Por conta dessa metodologia, as informações não podem ser alteradas, tornando cada registro 100% imutável. A cadeia de blocos criada ainda dificulta severamente qualquer tentativa de ataque hacker, pois não há processamento computacional suficiente no mundo para derrubar grandes blockchains.
Por fim, tudo que é registrado fica acessível para qualquer indivíduo que tenha acesso à chave-pública. Assim, um simples QR Code pode dar acesso a determinada informação, passível apenas de leitura, não de registro.
Como São Paulo vai usar o Blockchain?
O uso do blockchain em São Paulo se dá a partir da Lei 17901, aprovada recentemente pelo prefeito da cidade. O projeto considera que o blockchain é uma ferramenta importante e útil dentro da administração pública e consolida a política de dados abertos e transparência ativa do município.
Com a implementação do blockchain na cidade, informações referentes a gastos, coleta de dados pela prefeitura e administração estarão mais transparentes e acessíveis a toda população. Como benefício extra, essa rede será integrada com os outros poderes, autarquias e entidades pertinentes à gestão municipal.
Empresas que já utilizam Blockchain
Entre os vários exemplos de empresas que já utilizam o blockchain em suas operações, podemos destacar o Walmart. A gigante varejista, em países da Ásia, aplica a tecnologia no rastreio da cadeia de suprimentos para evitar a venda e consumo de carnes falsificadas.
Aqui no Brasil, há uma linha específica de cafés da Nestlé, em que o consumidor pode ter acesso, por meio de um QR Code, a informações sobre como aquele exato pacote foi produzido e embalado. Tudo isso garantido pelo blockchain.
Estamos apenas no começo do blockchain!
Para os próximos anos, novas aplicações do blockchain, sejam elas públicas ou privadas, devem continuar acontecendo e se expandindo, a partir do momento que os desenvolvedores ganham mais conhecimento e controle sobre a tecnologia.
Em breve, provavelmente veremos essa cadeia de blocos promovendo maior transparência e reduzindo a burocracia de processos, como cartórios e seguradores, além de integração de dados entre hospitais e consultórios médicos.
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