Sua natureza descentralizada e anônima sempre levantou o questionamento sobre a segurança do Bitcoin e outras criptomoedas, assim como o constante discurso de que criminosos utilizam a plataforma para fins fraudulentos.
Para os que nasceram na quarta-feira passada, a corrupção existe no mundo muito, mas muito antes do lançamento do Bitcoin. E assim como qualquer outro ativo que tem valor, criminosos estão de olho para tentar tirar uma boquinha.
Porém, a narrativa de que criminosos adoram o Bitcoin é uma grande inverdade. Estudos técnicos mostram que apenas 0,1% das criptomoedas transacionadas são usadas para fins ilícitos. Isso acontece, pois o blockchain, embora anônimo, grava, de forma imutável, todo o caminho que a moeda fez, do emissor ao destinatário e todas as movimentações seguintes. Com isso, é possível, sim, chegar na ponta do usuário, em casos de transações fraudulentas. O mesmo não acontece com o dinheiro tradicional, que pode ser facilmente depositado na cueca de alguém e ninguém notar.
Na Austrália, um levantamento da Crypto Parrot traduz exatamente isso. Enquanto australianos perderam AUD 26 milhões em golpes que envolvem a criptografia, as transações bancárias registraram mais de AUD 97 milhões – quase 4 vezes acima.
De fato, o Bitcoin, eventualmente, é utilizado por pessoas de má fé. Porém, o blockchain o torna pouco vantajoso para os criminosos, enquanto os métodos tradicionais não só já são bem conhecidos, como facilmente manipuláveis e pouco rastreáveis.
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