Com o surgimento do novo coronavírus, em março de 2020, uma das medidas para conter o avanço da doença por vários países foi o lockdown. Esse isolamento social colocou milhões de pessoas não só trabalhando dentro de suas residências, mas também mantendo o lazer restrito a opções caseiras. Com mais “tempo livre” – por assim dizer -, diversos conteúdos onlines gratuitos sobre investimentos e uma queda geral das ações da bolsa de valores, as pessoas se sentiram mais animadas para entrar no mercado financeiro e fazer suas “apostas”. Esse movimento é refletido nos números. Dados divulgados pela B3, responsável pela administração da bolsa local, existem mais de 4 milhões de clientes cadastrados. A maior parte dessas pessoas se inscreveu a partir de 2020. O número, entretanto, ainda é baixo. Segundo uma pesquisa do site Reclame Aqui, que entrevistou 10.095 usuários, 71,8% deles disseram não ter o costume de investir seu dinheiro. 40,5% dos que responderam alegaram que a falta de recursos é um grande obstáculo. 33,3% das pessoas disseram que a simples falta de interesse as fazem não investir suas economias. 17,1% afirmaram não ter conhecimento o suficiente para isso, e outros 9% citaram medo de perder o dinheiro aplicado. Com um cenário ainda pouco estimulante para as pessoas investirem, a falta de conhecimento possui uma forte relevância. Por isso, separamos algumas dicas de investimentos para iniciantes.
Objetivos do investimento
Seja a procura de emprego, a assinatura de um serviço ou até mesmo a compra de algum item, há sempre um objetivo. No caso dos investimentos, a necessidade de traçar um plano é ainda mais importante, considerando a variedade de opções. Um passo importante para os investidores iniciantes.
Hoje, o mercado oferece investimentos de curto, médio e longo prazos. O primeiro modelo costuma ter duração de no máximo um ano, enquanto o segundo varia de um a cinco anos. Os de longo prazo, por sua vez, contemplam aplicações acima de cinco anos. Em determinados investimentos, o resgate dos fundos e dos lucros até pode ser feito durante sua validade, porém, podem acarretar perdas ou até impostos maiores pela retirada antecipada.
Por isso, se torna ainda mais importante identificar para quando e para o que aquele dinheiro será necessário. Se o foco for para a aposentadoria, daqui alguns bons anos, os investimentos de curto prazo talvez não sejam a melhor escolha, por exemplo, pois não darão o retorno necessário, e o resultado chegará muito antes do seu período de uso.
Qual seu perfil?
No Facebook, Tinder ou outra rede social, bater os perfis entre seguidores torna o convívio e o conteúdo bem mais agradável, não é mesmo? Agora, imagina investir o dinheiro em uma aplicação que não tem nada a ver com você? Essa é uma dica essencial de investimentos para iniciantes, inclusive.
Sempre que ocorre o cadastro em uma corretora de investimentos, há o teste de perfil a ser feito. Geralmente, ele é muito chato. Muito mesmo! Porém, é extramamente necessário. É a partir dele, que a empresa vai direcionar quais produtos ela vai te oferecer de forma mais clara.
O site InfoMoney apresenta algumas perguntas bem interessantes a se fazer, antes de definir qual investimento será feito. “Como você se sentiria, se em um intervalo de poucos dias, um dos seus investimentos registrasse perdas de 5% ou 10%? Ou se precisasse de dinheiro no momento, mas esbarrasse em uma carência de algumas semanas em uma aplicação? Perderia o sono por conta do vaivém dos mercados, ou descansaria tranquilo em meio a uma crise passageira?” Só nessas três perguntinhas, já ajuda bastante a entender se a pessoa é está disposta a correr risco para ganhar mais ou se ela prefere uma estabilidade com retornos menores.
No final do preenchimento do formulário na corretora, a pessoa vai se deparar com seu perfil, que pode ser: conservador (baixa tolerância a risco e prioriza investimentos com liquidez); moderado (gostam de papéis de longo prazo, mas estão dispostos a uma pouquinho mais de risco); e o agressivo (aceitam e toleram riscos e até algumas perdas, se houver a possibilidade de ganhos maiores).
Planejamento financeiro
Contas de água, luz, aluguel e internet estão em dia por aí? Espero que sim! Em caso afirmativo, o pagamento desses custos só é possível, pois há o mínimo de controle sobre o que a pessoa ganha e seus custos, correto? No caso dos investimentos, a situação é exatamente a mesma.
Assim que fica decidido por qual produto aplicar o dinheiro, é importante olhar para o planejamento financeiro e ver o quanto é possível investir mensalmente, sem afetar suas contas ou deixar o volume aportado ao vento, sem qualquer padrão.
Colocar, então, o valor a ser investido na planilha de gastos fixos vai ajudar a pessoa a ter constância no investimento e evitar que ela esqueça que tinha um investimento, mas que ficou parado por falta de renda.
Estude muito!
Seja na escola ou faculdade, estudar apenas o que é passado em aula não necessariamente é o suficiente para o que a vida real vai oferecer. Isso faz com que, em muitos casos, alguém fique dependente de outra pessoa.
Em relação aos investimentos para iniciantes, estudar sobre o mercado no qual está entrando pode trazer muito alívio. Afinal, ficar dependente do gerente do banco, do corretor ou até mesmo do atendente da exchange pode não trazer as respostas esperadas e, talvez, gere grande frustração e medo. Assim, o conhecimento do mercado pode auxiliar na prevenção de oscilações e até respiros tranquilos, em momentos mais tensos.
Com tudo isso ajeitadinho, é só abrir sua conta em uma corretora do mercado tradicional ou de criptomoedas (aqui na 4TBank você conta com esse serviço) e escolher qual o melhor investimento para você começar!