Os recentes ganhos expressivos do Bitcoin, que buscou a máxima de US$ 42 mil, chamaram a atenção do mundo como uma possibilidade real de rentabilidade. Mesmo com a queda no começo de janeiro, a recuperação foi surpreendente para o economista-chefe do Banco de Cingapura, Mansoor Mohi-uddin. Ele enxerga o movimento da criptomoeda como muito parecido com o do ouro há alguns anos.
“A impressionante recuperação do Bitcoin está no mesmo nível dos grandes booms de investimento das últimas décadas, incluindo ouro na década de 1970, ações japonesas na década de 1980, ações da Internet na década de 1990, preços do petróleo na década de 2000 e empresas de tecnologia na década de 2010”, comentou.
Justamente por essa correlação, que o economista-chefe atribui que o Bitcoin concorre com o ouro, não contra a moeda fiduciária. Para ele, “é muito improvável que as criptomoedas substituam as moedas nacionais como o principal meio de troca de qualquer economia. Em vez disso, com o tempo, o dinheiro digital pode substituir parcialmente o ouro, oferecendo uma reserva de valor eletrônica – em vez de física”, concluiu seu pensamento.