Não adianta! Onde há dinheiro envolvido, há pessoas mal-intencionadas tentando obter vantagens ilícitas. Cansamos de ver notícias sobre lavagem de dinheiro, uso de informação privilegiada para realizar operações financeiras ou mesmo golpes de empréstimo e pagamento por participação em vagas de emprego. Dos menores aos maiores delitos, esses crimes estão espalhados pela nossa sociedade. No mundo das criptomoedas isso está longe de ser diferente. Muitas pessoas já caíram no Golpe do Bitcoin, de diversas modalidades, seja na pirâmide financeira ou no envio de criptomoedas, por meio de páginas falsas, para agentes maliciosos. Em um mundo assim, qualquer cuidado é pouco. Por isso, vamos mostrar algumas dicas para se proteger de 5 golpes envolvendo criptomoedas!
Por que se utiliza Bitcoin nos Golpes?
Os crimes envolvendo criptomoedas é difícil de ser contabilizado. Um levantamento do Crypto Crime Report, de 2022, mostra que, desde 2017, US$ 33 bilhões em ativos digitais foram usados para lavagem de dinheiro. Entretanto, o Golpe de Bitcoin foi o mais comum. No ano retrasado, US$ 7,7 bilhões em moedas digitais foram roubadas de vítimas ao redor do mundo, um aumento de 81%, em comparação com 2020.
Entretanto, também em 2020, dados da Elliptic apontaram que menos de 1% das transações de Bitcoin foram para operações ilícitas. Um número bastante baixo, em comparação com as notícias que observamos com dinheiro físico.
Embora essas informações não sejam uma verdade absoluta, criptomoedas não são a melhor ferramenta para criminosos. Segundo o próprio documento da Elliptic, a cadeia imutável de transações no blockchain, mesmo que difícil em certas circunstâncias, sempre chegam ao destino final da moeda digital. Desta forma, mesmo que o ciber-criminoso tente realizar algum Golpe com Bitcoin e passe por pools de mineração e outras cadeias para desviar o rastreio, a carteira final será encontrada com uma análise aprofundada do blockchain.
Como se proteger de golpes de Bitcoin?
Há uma série de golpes com criptomoedas no mundo e desviar de cada um deles pode ser fácil, se tivermos o conhecimento sobre alguns deles.
1 – Esquemas Pump and Dump
Desde o “boom” do Bitcoin, em 2017, não faltaram projetos lançando ICOs (Initial Coin Offering) para arrecadação de fundos. Essa prática, basicamente, leva ao lançamento de uma criptomoeda desconhecida, com a promessa de que o valor será usado para a produção de alguma plataforma ou algo do tipo.
Porém, a comunicação atrativa a pessoas com pouco conhecimento e curiosos levam a uma compra massiva do ativo. Como o mercado opera a partir de oferta e demanda, uma compra rápida e robusta eleva rapidamente o valor do token. É aí que os criminosos aproveitam o hype de sua moeda para vender todos seus estoques, desvalorizando a criptomoeda e matando o projeto. Este é, então, o famoso Pump and Dump, quando, propositalmente, o mercado eleva um ativo rapidamente (pump) para derrubá-lo em seguida (dump).
Para se prevenir desse tipo de atitude, sempre verifique os projetos que pretende investir. Golpes com Bitcoins estão à solta, por isso, cheque quais pessoas estão por trás de determinada moeda, se a proposta de aplicação é relevante e verifique o que fóruns, sites especializados e até as redes sociais dizem sobre esse projeto.
2 – Golpe do Bitcoin com Phishing
Phishing é uma prática bastante antiga e não restrita às criptomoedas. Essa atitude criminosa leva o usuário a abrir um link desconhecido, mas imperceptível ao olho nu. Neste endereço, abre-se uma página com layout praticamente idêntico a de grandes corretoras ou plataformas de NFTs, por exemplo, enganando o internauta.
A partir desta página, fica fácil direcionar as transferências de criptomoedas para contas que não são as indicadas pelos usuários. Assim, os ativos são enviados para os criminosos, sem que a vítima perceba imediatamente.
Neste caso, é importante ter cuidado com links desconhecidos ou recebidos por e-mail. Analise a chamada URL (endereço do site) e verifique se o domínio está correto. Alguns criminosos repetem algumas letras no domínio, como “Binnance.com”, em vez de Binance.com.
3 – Sites que vendem criptomoedas mais baratas
Conseguir Bitcoin abaixo do mercado é uma oportunidade bastante atraente até para o trader mais experiente. Esse canto da sereia é um prato cheio para muitos criminosos darem o golpe com criptomoedas.
Esse tipo de ação ilícita consiste na criação de uma corretora de moedas digitais. Na apresentação, há a possibilidade de comprar criptoativos por preços menores do que os vistos em exchanges mais conhecidas. Se você se deparar com isso, fique atento imediatamente, pois, ao tentar realizar a compra, não só o dinheiro pode ser enviado ao criminoso em troca de nada, como ter o saldo roubado de uma carteira.
Para evitar esse tipo de golpe de Bitcoin, opte sempre por corretoras conhecidas e consolidadas no mercado. Desconfie das exchanges que vendem mais barato ou até que oferecem criptos de graça para quem se cadastrar.
4 – Sorteios
Sorteios se tornaram uma maneira bastante interessante para empresas atraírem novos clientes. Entretanto, os criminosos aproveitaram a ação para criar sorteios falsos e enganar possíveis consumidores.
No caso das criptomoedas, a prática é a mesma. Ocorre um sorteio de criptomoedas. Em troca, o usuário deve comprar um token específico ou até mesmo enviar um pagamento em Bitcoin. Quando realiza a transferência, o golpe é consolidado.
Um cuidado importante contra esse golpe de Bitcoin é analisar com cautela o histórico e referência da corretora ou empresa que está organizando o sorteio. Confira também o link para o qual você foi direcionado. Confiar num influenciador de tik tok ou Instagram nem sempre é a melhor opção!
5 – Golpes de Bitcoin por falsidade ideológica
Cada vez mais a tecnologia está sendo usada por criminosos para se passarem por outra pessoa. O tal dos vídeos deepfake, software que consegue colocar um famoso falando um texto pré-definido, tem sido uma grande armadilha aos usuários mais desavisados.
Assim, golpistas aproveitam a imagem de famosos, como Elon Musk e até mesmo William Bonner, para convencer os internautas a aderirem a algum tipo de investimento ou compra de tokens. Em outros casos, um perfil falso é criado para se aproximar da vítima e ganhar confiança. Assim, o golpe fica ainda mais facilitado.
Como precaução, desconfie sempre de famosos indicando algum tempo de investimento. A origem desses contatos também é importante. Afinal, dificilmente o Elon Musk mandaria uma mensagem no privado do Instagram de algum desconhecido. Pesquise na internet sobre a veracidade daquele vídeo e o que as outras pessoas e jornais estão falando sobre o assunto.
Essas dicas, embora criem um bom alerta e apresentem modelos de proteção, não previne 100% os golpes de Bitcoin. Por isso, atenção é sempre importante. Desconfie de qualquer proposta muito vantajosa e evite qualquer ato impulsivo. Vale muito mais perder uma oportunidade, do que passar pela experiência de um golpe.
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