O Bitcoin (BTC) foi a primeira criptomoeda desenvolvida conhecida no mundo. Lá em 2008, sua proposta pouco tinha a ver com investimento, mas sim uma perspectiva nova de um dinheiro digital e descentralizado. Anos depois, a valorização exponencial do ativo levou as pessoas à automaticamente associaram o BTC e seus sucessores como forma de rentabilização. De fato, uma aplicação que sai de US$ 0,10 e chega a valer US$ 69 mil não é pouca coisa. E nisso, o mercado deu o seu jeitinho. Segundo dados da CoinMarketCap, a capitalização de mercado de todas as criptomoedas, em abril de 2022, está em mais de US$ 1,8 trilhão. Em novembro, esse valor era de US$ 2,8 trilhões. Mesmo em períodos de baixa, o interesse pelas moedas digitais não para de crescer. Mas, afinal, quais as vantagens de investir em criptomoedas?
O que são criptomoedas?
Lançado em 2010 ao público, o Bitcoin foi idealizado em 2008, bem no meio da crise imobiliária nos Estados Unidos. O objetivo era criar uma moeda digital que fosse descentralizada e deflacionária, impedindo que governos, bancos ou empresas especulassem com o dinheiro dos outros.
A partir do sucesso do Bitcoin, outras criptomoedas começaram a ser desenvolvidas. Ao contrário da primogênita, que é utilizada majoritariamente para transferências de valores, outros tokens foram criados com objetivos diferentes, como smart contracts, geração de NFTs, entre outros.
Assim, em resumo, podemos descrever que criptomoedas são moedas digitais presentes em um blockchain, que podem ser transferidas para qualquer lugar do mundo, de forma criptografada e sem o intermédio de alguma instituição central.
É atrativo investir em criptomoedas no Brasil?
2021 foi um ano bastante promissor para as criptomoedas. Não só o Bitcoin disparou para sua máxima histórica de US$ 69 mil, como também processos regulatórios, empresas e tantos outros participantes entraram de cabeça neste novo universo.
Aqui no Brasil, por exemplo, dados da Receita Federal mostram que as pessoas devem declarar quase R$ 201 bilhões em operações relacionadas a moedas digitais. O número é mais que o dobro de 2020, quando foram registrados R$ 91,4 bilhões. O valor negociado no país também cresceu de forma expressiva. Só em Bitcoin, foram movimentados R$ 103,5 bilhões, correspondendo a um crescimento de 417% na comparação com o ano anterior.
Essas informações já mostram que investir em criptomoedas foi uma atitude que muitos brasileiros tiveram no último ano.
Quais as vantagens em investir em criptomoedas?
Além de aplicar parte de seu dinheiro em uma classe de ativos já consolidada em todo o mundo, há algumas características específicas deste setor e até mesmo de mercado que indicam boas vantagens de investir em criptomoedas.
Diversificação
Enquanto a poupança segue sendo a queridinha dos brasileiros, as pessoas têm pouco costume de aplicar seu dinheiro em mais de um investimento. Ultimamente, o Tesouro Direto e a bolsa até ganharam novos adeptos, mas o fato é que os rendimentos ainda estão bastante centralizados.
Hoje, é possível, por exemplo, comprar Bitcoins para deixá-lo guardado, esperando uma valorização poderosa no longo prazo. Para os que preferem movimentações mais rápidas, a B3, responsável pela administração da bolsa de valores brasileira, também lançou seu próprio ETF, um fundo específico de moedas digitais. Assim, investir em criptomoedas pode ser uma boa diversificação até mesmo pelos tipos de aplicações que podem ser feitas.
Tarifas baratas
Os bancos estão repletos de opções de investimentos para seus clientes. E muitas vezes são, sim, aplicações interessantes. Entretanto, o problema se concentra na taxa cobrada pelas instituições financeiras tradicionais. Algo que não acontece nos ativos digitais.
Possuir ou investir em criptomoedas, geralmente, acarreta taxas bem acessíveis por parte das corretoras. Muitas vezes as exchanges nem cobram tarifas pela compra, apenas para venda ou saque da moeda digital na plataforma. Além disso, muitas pessoas estão usando as criptomoedas para transferências internacionais. A depender da pressa, é possível pagar de poucos centavos até menos de US$ 10 para transacionar quantias expressivas. Muito diferente do que os bancos costumam praticar.
Segurança
Os adeptos das moedas digitais se vangloriam da segurança dessas tecnologias. De fato, o blockchain é um sistema extremamente seguro, ainda mais os gigantes descentralizados, como Bitcoin e Ethereum.
Não só as moedas estão completamente seguras dentro da plataforma, mas a própria rede de computadores dá conta de garantir todas as transações. Seu registro imutável também impede possíveis alterações dentro do sistema das criptomoedas. Há estudos, inclusive, mostrando que a tecnologia existente hoje, no mundo, levaria centenas de anos para quebrar ou roubar o blockchain do Bitcoin.
Volatilidade
Este tópico foi deixado por último, pois a volatilidade é algo que pode ser boa ou ruim, a depender da pessoa. Investir em criptomoedas, de forma geral, exige bastante calma. Da mesma forma que o Bitcoin, por exemplo, pode avançar 50% de seu preço em poucos dias, a queda na mesma intensidade também é verdadeira.
A volatilidade, então, se torna mais atrativa para quem quer investir em criptomoedas no dia a dia, conforme as oscilações de preços no mercado criam janelas de lucros curtos, sem precisar esperar a famosa “pernada de 50%”.
Em contrapartida, criptoativos deflacionários tendem a crescer de valor “naturalmente”, conforme a oferta de mineração vai reduzindo até chegar a zero. No caso do Bitcoin, por exemplo, serão emitidas 21 milhões de unidades do token, tornando seu suprimento limitado.
Com essas perspectivas, as vantagens em investir em criptomoedas ficam um pouquinho mais claras e podem ajudar você a direcionar parte de sua renda ao universo das moedas digitais.