As transações com blockchain se tornaram sinônimos de privacidade e segurança nos últimos anos.
Em um período em que dados pessoais e outras informações sensíveis são mal armazenadas, vendidas e enviadas para empresas e outros “interessados”, a confiança do usuário se tornou frágil em diversos processos e novas soluções são necessárias para esse tipo de problema.
Talvez, a tecnologia das criptomoedas já tenha as respostas!
Como são as transações com blockchain?
O blockchain é um grande livro-caixa, em que informações são validadas e registradas em ordem cronológica e de maneira imutável, já que os dados são selados com criptografia e linkados aos blocos anteriores e posteriores.
Ao enviar uma unidade de Bitcoin a algum colega, é preciso identificar a chave-pública de sua carteira, assim como a chave-pública da wallet do seu amigo.
Essas duas chaves-públicas são “lidas” pelos mineradores, que confirmam o saldo presente na carteira de envio, e a existência da wallet de recebimento.
Com a transação do blockchain aprovada, ela é escrita na rede e nunca poderá ser mudada ou revertida.
Privacidade nas transações com blockchain
As transações ocorrem no blockchain a partir de chaves-públicas, como comentado acima.
Essa chave-pública é composta por uma longa sequência de números e letras e fica acessível a qualquer pessoa que queira visualizar as transações de um blockchain.
Embora todos possam vê-la, ela não apresenta qualquer vínculo de identidade com seu proprietário. Assim, por mais que sua chave-pública seja visível, ninguém saberá quem é o dono dela.
Com isso, mesmo que a rede toda saiba que a carteira X enviou 1 Bitcoin para a carteira Y, não há como saber quem são as pessoas por trás dessas wallets.
Por que as transações com blockchain são seguras?
As transações no blockchain são agrupadas em blocos e seladas com criptografia.
Isso quer dizer que várias transações são alocadas dentro de um bloco, que é conectado com o bloco anterior, a partir de um código chamado hash.
Esse código PRECISA ser o mesmo tanto no bloco anterior quanto no bloco atual.
É aí que o nome de cadeia ou “corrente” de blocos faz mais sentido.
Os elos, então, são criptografados e não há computador no mundo, hoje, que consiga quebrar todas as selagens, em um tempo minimamente hábil de um ser humano, e com gasto energético que compense a tentativa de roubo.
Com essa sequência de blocos estruturados, e um blockchain descentralizado, como o Bitcoin, qualquer ação criminosa é praticamente inviável.
A descentralização faz com que os mineradores estejam distribuídos ao redor do mundo, podendo ser eu, você ou qualquer outra pessoa.
Assim, criar um “complô” para validar uma informação errada a partir de um “ataque de 51%“, quando a maioria da rede vota para confirmar uma transferência, é praticamente impossível.
Vantagens e desvantagens das transações com blockchain
É possível listar uma série de vantagens para as transações que ocorrem dentro de um blockchain, como:
– Transparência
– Anonimato
– Integridade de dados
– Velocidade
Por outro lado, a descentralização é ainda o maior obstáculo para muitas empresas, que não se sentem confortáveis em não manter as informações sob seu controle.
Alguns empecilhos ainda precisam ser superados, mas o mundo caminha em direção ao uso amplo da tecnologia, seja na validação de contratos e transferência, remessas internacionais ou locais, desburocratização, rastreio da cadeia de suprimentos ou geração de certificado de autenticidade. Há muito mais do que explorar nessa área, e as transações com blockchain, provavelmente, estarão ainda mais presentes no nosso cotidiano muito em breve.