A cada ano que passa, a discussão sobre o meio ambiente cresce mais e mais. Não só o consumo diário de produtos e energia aumenta consideravelmente, mas muitas empresas e indústrias também acompanham esse processo de emissão desenfreada de gases nocivos à atmosfera e no desencadeamento dos danos à natureza.
Um relatório de 2022 da Organização das Nações Unidas (ONU), apontou que, entre 2002 e 2016, cerca de 4,2 km² de área verde, equivalente ao tamanho da União Europeia, foi queimada. O grupo ainda destaca que espera um aumento significativo nesse tipo de evento, a partir das caóticas mudanças climáticas, em decorrência da poluição.
Para arrefecer os danos e promover políticas e ações que revertam boa parte desses danos ao meio ambiente, a tecnologia das criptomoedas está sendo usada para a emissão de Crédito de Carbono.
O que é crédito de Carbono?
A substituição de combustíveis em fábricas, por exemplo, é uma maneira eficiente para reduzir a emissão de gases nocivos à atmosfera. Da mesma forma, o uso de placas solares para a geração de energia elétrica e tratamento para reutilização de água também favorecem esse tipo de ação.
Com isso, a cada uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera, corresponde a um Crédito de Carbono. Porém, há muitas empresas que não conseguem realizar este tipo de ação, seja pela falta de iniciativa ou até mesmo pela impossibilidade tecnológica de implementar essas melhorias em seus processos.
Desta maneira, companhias continuam emitindo gases na atmosfera muito além do que seria o ideal. Para compensar essas emissões, é possível, então, comprar Crédito de Carbono.
Esse Crédito de Carbono é, então, revertido para projetos que focam na manutenção e equilíbrio do meio ambiente, assim como no desenvolvimento de tecnologias para a redução dos gases poluentes.
NFTs de Crédito de Carbono
Desde a idealização do bitcoin, em 2008, as criptomoedas e o blockchain se mostraram como ferramentas de revolução não só do sistema financeiro, mas de toda uma tecnologia de rastreio da cadeia de suprimentos, garantia de autenticidade, desburocratização, entre outros. 15 anos depois, esse mundo cripto não para de surpreender.
A Startup DaX Digital Assets, antes um marketplace de NFTs – tokens não fungíveis – apenas de esportes e entretenimento, entrou de cabeça para tokenizar também Crédito de Carbono e certificados de energia renovável, acessíveis em escala global.
O projeto prevê que esses NFTs sejam vendidos como Crédito de Carbono para neutralizar a emissão de poluentes por parte de indústrias, varejistas e até mesmo de grandes eventos, como shows, campeonatos de futebol ou outro programa que reúna multidões.
Para isso, a startup procurou por fazendas gigantes de árvores e projetos de preservação de mata nativa, assim como reflorestamento, no norte do Brasil. Além de movimentos mais “naturais”, o projeto também foi atrás de plantas de reciclagem, que vão ajudar na geração de Crédito de Carbono, objeto da tokenização.
Na parte de energia renovável, as unidades responsáveis por essa geração serão as usinas solares, eólicas e hidrelétricas, localizadas no Brasil, Argentina e Chile. Os certificados, agora digitais, serão responsáveis por atestar a origem e garantir a procedência sustentável da energia.
Comercializados em grandes lotes, cada lote de tokens de Crédito de Carbono será responsável pela compensação da emissão de 74 milhões de toneladas de carbono, suficientes para neutralizar dois anos de emissões de gases de uma grande indústria.
Além da DaX, existem outras empresas que já trabalham na geração de Crédito de Carbono. Graças ao blockchain e às criptomoedas, há a garantia das fontes utilizadas de energia renovável, assim como o destino correto dos fundos para ações de preservação ambiental.
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