A pressão de venda de Bitcoin pelos mineradores desencadeou uma série de eventos que corrigiram o preço da criptomoeda de referência nesta segunda-feira (11).
Desde domingo, a moeda digital já apresentava uma tendência de baixa de curto prazo, fazendo topos menores e fundos maiores. Após buscar os US$ 34 mil, o ativo se recuperou até os US$ 39 mil. Porém, na madrugada, uma onda de venda intensificou a queda. Na mínima do dia, o Bitcoin encostou nos US$ 30,9 mil. Agora, a criptomoeda é negociada a US$ 32,7 mil. No Brasil, a média de negociação é de R$ 180,9 mil.
A queda de preços já vinha sendo prevista pelos analistas da 4TBank. Não só o mercado bastante comprado já sinalizava uma onda vendedora, mas as recentes altas expressivas apontavam que uma realização de lucros aconteceria em breve. E isso começou com os mineradores, que passaram a enviar seus Bitcoins para as exchanges, com a intenção de vender.
Com um alto volume despejado no mercado e a queda imediata de preços, houve uma forte liquidação de contratos de investidores bastante alavancados. No total, foram mais de US$ 2,7 bilhões liquidados em poucas horas, intensificando ainda mais a queda de preços do Bitcoin. As altcoins também experimentam descidas significativas hoje. Acentua ainda o viés de baixa o período de realização de lucros também no mercado tradicional e novos episódios da conturbada política dos Estados Unidos.
Para o curto prazo, os bulls parecem tentar manter o preço acima dos US$ 32 mil, enquanto os bears vendem a US$ 33,5 mil, sendo esses suportes e resistências mais próximos. O RSI, por outro lado, voltou para a casa dos 50%, algo saudável para o mercado, abandonando de vez o nível de sobrecompra. A linha média da banda de Bollinger e a média móvel exponencial de 20 períodos se aproximam dos US$ 32 mil, fornecendo mais um indício de suporte de preços nesta região. Já o MACD faz uma forte descida e aproxima bastante suas linhas, mostrando a intenção de cruzamento para baixo.