Alguns ativos mostram bastante solidez quando falamos em reserva de valor. Um imóvel, por exemplo, é uma espécie de investimento que, dificilmente, sofrerá uma depreciação de preços muito grande, mesmo com o passar de vários anos. Já o dinheiro tradicional, pode passar por seguidas desvalorizações, com o aumento crescente da inflação em todo o mundo.
Nos momentos de crise, o dólar, mas principalmente o ouro, sempre foram vistos como ativos confiáveis, com pouca variação de preços e resilientes. Porém, há um novo gigante no cenário, que está roubando a cena.
Considerando sua escassez e aceitação no mundo inteiro, o Bitcoin é constantemente comparado ao ouro, mas em sua versão digital. Ao observar o desempenho da criptomoeda de referência durante a crise financeira agravada pela pandemia do novo coronavírus, a moeda digital é muito superior.
Não à toa, a Ruffer Investment Company Limited, uma gestora de investimentos em ações listadas na Bolsa de Valores de Londres, anunciou uma mudança na estratégia de suas aplicações para minimizar os impactos da desvalorização do dólar.
A empresa, agora, está reduzindo sua participação no ouro e movendo esses fundos para o Bitcoin. Com a movimentação, a gestora, agora, possui 2,5% de seus ativos alocados na criptomoeda.
“Vemos isso como uma apólice de seguro pequena, mas potente, contra a contínua desvalorização das principais moedas do mundo. O Bitcoin diversifica os investimentos (muito maiores) da empresa em ouro e títulos indexados à inflação e atua como uma proteção para alguns dos riscos monetários e de mercado que vemos”, comentou a empresa.