Desde 2008, a crise imobiliária que começou nos Estados Unidos atingiu o mundo todo e desvalorizou muitas moedas locais. As economias mal tinham se recuperado, e a pandemia do novo coronavírus afundou novamente os países. Moedas tradicionais e fortes, como o dólar norte-americano, seguem perdendo valor dia a dia.
Em um texto, o Fundo Monetário Internacional (FMI), mostra preocupação com a decadência da moeda dos Estados Unidos. Embora entendam que o dólar se manterá como referência por um bom tempo, o crescimento do Bitcoin e outras criptomoedas está deixando os economistas do Fundo em alerta.
“É provável que a dominância do dólar americano perdure. Mas precedentes históricos de súbitas mudanças sugerem que novos desenvolvimentos, como o surgimento de moedas digitais e novos ecossistemas de pagamentos, poderia acelerar a transição para um novo cenário de moedas de reserva”, comenta o relatório da instituição.
Por isso, o FMI, agora, sugere que o órgão desenvolva uma criptomoeda própria, baseada em uma cesta de ativos, para manter a soberania das moedas fiduciárias – aquelas emitidas pelos Bancos Centrais, como o Real ou Dólar.
“Uma moeda hegemônica sintética, apoiada por uma cesta de CBDC (Central Bank Digital Currencies), poderia fornecer serviços de pagamento domésticos e transfronteiriços mais eficientes, beneficiando-se da credibilidade de vários bancos centrais que a apoiam. Tal arquitetura poderia alterar a demanda por reservas denominadas em moedas na cesta com base em seu peso relativo”, acrescenta o documento.