Embora, para muitos, uma visita ao museu ou à galeria de arte não seja o passeio dos sonhos, há muitas pessoas que apreciam uma boa obra.
Seja um quadro, fotografia ou até mesmo música, essas produções únicas se tornam extremamente valiosas, principalmente a depender do artista responsável.
Só no ano passado, os leilões de arte movimentaram mais de US$ 17 bilhões, cerca de 60% a mais na comparação com 2020. Esse salto no consumo por este tipo de produto se deu, principalmente, pelo crescimento das vendas on-line. Com o público cada vez mais digital, as galerias e artistas estão procurando maneiras de expandir suas atuações, como está acontecendo, agora, com a Crypto Art.
O que é uma Crypto Art?
Mona Lisa, Guernica e The Starry Night, por exemplo, são obras registradas em um quadro, com a assinatura de seus respectivos artistas. É justamente o nome estampado dos pintores que dá legitimidade à produção.
Na Crypto Art, porém, em vez da obra estar inserida em um ambiente físico, ela está aplicada em um NFT (non fungible token), presente em algum blockchain e acessível por dispositivos tecnológicos. Neste caso, o selo criptográfico é que garante a originalidade da peça e impede sua replicação, tornando-a única, assim como os quadros citados anteriormente.
Artistas apostam na Crypto Art
Embora a Crypto Art já exista desde 2018, foi a partir do segundo semestre de 2020 que esse tipo de obra passou a ganhar corpo, tendo seu grande salto em fevereiro do ano passado. Neste período, o mercado já contava com mais de 80 milhões de produções em Crypto Art. Algumas obras, inclusive, foram negociadas a valores astronômicos desde então. O The Merge, por exemplo, custou US$ 91,8 milhões. Everdays, do artista digital Beeple, foi vendido por quase US$ 70 milhões.
Em entrevista ao portal Exame.com, Adheams Batista e Henrique Montanari, que já trabalharam para as Havaianas e Casa NFT, disseram que a Crypto Art e os NFTs são responsáveis por dar mais liberdade e validação ao trabalho do artista.