Se em 2008 o mundo iniciava uma enorme crise financeira, deflagrada pela quebra do mercado imobiliário nos Estados Unidos, 2020 reservou a pandemia do coronavírus, seguido por uma guerra entre Rússia e Ucrânia, dois anos depois.
Todos esses eventos causaram impactos macroeconômicos intensos, o que levou à escassez de matérias-primas e, principalmente, à inflação a praticamente todos os países do mundo. Com o poder de compra e o dinheiro valendo cada vez menos a cada dia, as pessoas começam a procurar lugares confiáveis para guardar suas reservas.
No Brasil, por exemplo, a poupança não é só vista como um ambiente de rendimento seguro (embora muito baixo), mas também um local para armazenar, com fácil acesso, suas economias. 56% dos brasileiros ainda optam por esta metodologia. Essa narrativa também vai se aplicando aos ativos digitais, com muitas pessoas preferindo guardar seus pertencentes em uma carteira de criptomoedas, em vez de deixá-los disponíveis nas corretoras. Essa tendência cresceu consideravelmente no último ano, segundo dados da IntoTheBlock.
Os dados mostram que já são mais de 40 milhões de wallets com alguma fração que seja de Bitcoin, no mundo. Até março de 2022, mesmo com o preço da moeda digital em baixa, foram criados 880 mil novos endereços. Mas assim como acontece com os bancos, como escolher a carteira de criptomoedas ideal para proteger seu Bitcoin, Ethereum e outros ativos?
O que é uma carteira de criptomoedas?
Cada transação de ativo digital, seja ele Bitcoin, Ethereum, Cardano ou qualquer outra, passa obrigatoriamente pela validação em blockchain. Esse registro no sistema é responsável por garantir a veracidade e finalizar o processo de envio de moedas de um ponto a outro.
Na maioria dos casos, a compra desses ativos acontece por meio de uma corretora de criptomoedas. Lá, eles ficam armazenados em uma carteira de criptomoedas da própria empresa e não em uma wallet particular do cliente. Embora improvável – se for uma companhia confiável – essas moedas ficam sob controle da exchange, podendo ter seus saques travados, por exemplo.
Desta forma, uma carteira de criptomoedas própria dá o controle total dos ativos ao próprio dono. Em resumo, esse tipo de ferramenta, que pode ser tanto um armazenamento online, quanto físico, por meio de um pendrive, por exemplo, utiliza a criptografia para proteger e armazenar as transações e moedas adquiridas.
Assim que o usuário cria uma carteira de criptomoedas, ele recebe um código de acesso próprio, composto por várias palavras aleatórias, também conhecido como chave-privada. É por meio dessa combinação de “senhas” que a pessoa acessa sua carteira. Não é preciso dizer a importância de armazenar com extremo cuidado essa chave-privada, pois, sem ela, não é possível acessar a wallet.
Ao mesmo tempo da criação de uma nova carteira de criptomoedas, é gerado também um código extenso de letras e números, chamado de chave-pública. Ao contrário da chave-privada, a chave-pública é acessível a todos e assim precisa ser, já que é por meio deste endereço que uma pessoa ou corretora poderá enviar as criptomoedas para sua carteira particular. Este seria equivalente aos dados da sua conta bancária para receber um TED, DOC ou PIX.
Quais os tipos de carteira de criptomoedas?
Assim como os famosos sistemas de pagamento via NFC, bancos e cartões de crédito, a carteira de criptomoedas possui vários tipos bastante acessíveis aos usuários. Entretanto, essas wallets podem ser divididas em dois grandes grupos, que determinam o modelo de armazenamento:
1. Carteira de criptomoedas Quentes (Hot wallets)
Este é o modelo de carteira de criptomoedas mais simples e acessível de todos, já que sua operação ocorre totalmente de forma online. O mesmo navegador que abre seu e-mail, pode direcionar você para o link do site da wallet onde seus ativos digitais estão guardados. É possível também baixar versões para smartphones, desktop ou ainda instalar um plugin no próprio browser.
2. Carteira de criptomoedas Fria (Cold wallets)
Ao contrário do primeiro da carteira de criptomoedas quente, o modelo frio leva sua wallet para o ambiente físico. No caso, a chave-privada com os ativos digitais e dados do blockchain ficam armazenados em um hardware físico, como um pendrive, por exemplo. Há também quem imprima as chaves (pública e privada) em uma folha sulfite. Este método é conhecido como paper wallet. Embora o acesso às informações seja mais moroso, a segurança é infinitamente maior, desde que o papel ou o hardware não sejam perdidos ou comprometidos de alguma forma.
Como escolher sua carteira de criptomoedas?
O uso dos ativos digitais, atualmente, está bastante expandido. Além de lidar com eles na modalidade de investimentos, como operá-los como trading ou guardá-los por um longo período de tempo, enquanto aguarda uma valorização, é possível também realizar transferências monetárias, compras de personagens em jogos de NFT ou até mesmo utilizar no pagamento de contas, produtos ou serviços. E é aqui que será definido o melhor modelo de carteira de criptomoedas.
Se você deseja utilizar as moedas digitais como método de pagamento ou recebimento e em tarefas do dia a dia, o ideal é optar por carteiras de criptomoedas quentes. Por estarem conectadas de forma online, elas são bem mais acessíveis e agilizam as transações necessárias. O mesmo vale para os investidores que optam pela trading como ferramenta. O acesso rápido ao ativo também aumenta a eficiência das operações e evita o cancelamento de alguma negociação.
Caso você seja o famoso “HODLer”, aquele cara que quer comprar Bitcoin ou outro ativo digital e esperar alguns anos por alguma valorização acentuada, a carteira de criptomoedas fria é uma opção bastante viável. Neste caso, suas moedas ficarão menos expostas a possíveis hacks ou falha de acesso à internet.
Como a perspectiva de uso é para um longo prazo, não há necessidade de tê-las em tão fácil acesso para possíveis transações. Como destacado anteriormente neste artigo, este tipo de carteira de criptomoedas exige um grande cuidado do proprietário para não perder, seja o pendrive ou o papel com a chave-privada impressa.
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