A pandemia do novo coronavírus colocou em xeque a capacidade sanitária mundial, assim como a economia de muitos países. Para os investidores do mercado de ações, o evento trouxe volatilidade – tanto positiva, quanto negativa – às principais bolsas e ativos. Mesmo, com alguns sinais de uma recuperação da normalidade e retomada de indicadores econômicos, o mercado financeiro apresentou um desempenho bastante misto no último trimestre de 2021. Enquanto as ações norte-americanas operaram próximo de suas máximas históricas, no Brasil, os resultados foram opostos. O Ibovespa, fechou outubro com 103.500 pontos. Isso equivale a uma queda de 6,74% no mês. No ano, o recuo é de 13,04%. Até mesmo o ouro e o dólar, reconhecidos como um ativo de proteção, tiveram resultados pouco consistentes. Em contrapartida, o Bitcoin não só se recuperou do período turbulento em maio deste ano como, em outubro e novembro, buscou uma nova máxima histórica de US$ 69 mil.
Maio tenso para o Bitcoin
A principal criptomoeda do mundo havia encerrado 2020, com um preço de US$ 28,992. A tendência de alta do ativo se manteve até um topo de US$ 64,895, em maio de 2021. Entretanto, o Bitcoin recuou intensamente no mesmo mês para uma mínima de US$ 28,6 mil. A recuperação veio dois meses depois, antes, de buscar os US$ 69 mil, em novembro.
O que levou a queda de preços no período?
Como em toda ação ou ativo, evento externos podem influenciar em seu desempenho. Se o preço do petróleo sobe, a Petrobras tende a ter o preço de seus papéis também elevados. No caso do Bitcoin, não é diferente. Dois elementos podem resumir bem o que aconteceu com a criptomoeda em maio deste ano. Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou sua participação neste mercado, assim como a aceitação de Bitcoin por sua empresa na compra de carros elétricos. Pouco depois, o empresário recuou na decisão e os investidores que seguiram o entusiasmo momentâneo se desesperaram e começaram a vender rapidamente suas moedas.
Ao mesmo tempo, a China, mais uma vez, se posicionou não só contrária às criptomoedas no país, como também à mineração. Esse último foi um dos grandes responsáveis pela forte pressão de vendas no período. Com a proibição da atividade, os mineradores precisaram vender parte de suas reservas de Bitcoin para reduzir prejuízos e ainda bancar a mudança de suas sedes para outros países.
A recuperação triunfal do Bitcoin
Parte do problema do Bitcoin se resolveu naturalmente e em pouco tempo. Os mineradores rapidamente conseguiram se reposicionar em outras localidades, devolvendo uma taxa de hashes bastante expressiva para a rede e voltando à acumulação do ativo. Os efeitos especulativos gerados por Elon Musk também se desfizeram, enquanto investidores mais experientes e com grande quantia de aporte compraram cada queda de preços.
A situação macroeconômica global também trouxe ventos positivos para a criptomoeda. Com o desempenho misto da moeda norte-americana e do ouro, assim como a alta inflação em todo o mundo, o Bitcoin se posicionou como um ativo de proteção, mesmo com sua grande volatilidade no momento. ETFs – fundos regulamentos em bolsa – da moeda digital, nos Estados Unidos, também apresentaram uma possibilidade mais clara para investidores institucionais entrassem no mercado.
Onde o Bitcoin vai parar?
Prever o desempenho de uma ação é o sonho de muitas pessoas. Afinal, imagina comprar Bitcoin a US$ 0,10, em 2010, sabendo que ele iria buscar o topo em US$ 69,1 mil! Seria incrível. Embora esse valor já seja muito expressivo, o futuro continua brilhante para a criptomoeda.
Analistas ao redor do mundo estimam um Bitcoin a, pelo menos, US$ 100 mil até o final de 2021. Um desses especialistas é PlanB, criador do modelo stock-to-flow para o Bitcoin. Suas análises passam por uma série de fatores, mas, principalmente, sobre o desempenho dos mineradores. As previsões para o Bitcoin de PlanB tem sido bastante precisas nos últimos anos. Há outros analistas também mais otimistas, que estimam um Bitcoin a US$ 250 mil já em 2022.
E aí? Qual sua previsão para o preço da principal criptomoeda do mundo?