Mesmo a China sendo a segunda maior economia do mundo, quando falamos em uma moeda de referência global, logo pensamos no dólar. Os Estados Unidos possuem uma história de longo prazo com avanços tecnológicos e econômicos, que os credencia, por assim dizer, a ter sua moeda como a mais utilizada para negociações comerciais entre os países.
Porém, isso tem um custo. A dívida do país é enorme. Para alguns especialistas, ela é simplesmente impagável. Aliás, esse problema não é de hoje. Há anos os Estados Unidos sofrem para conter seus gastos, sempre achando na impressão de novas moedas a melhor saída. A pandemia do novo coronavírus apenas escancarou ainda mais essa dificuldade.
Com a crescente dívida no país, estimativas apontam que o dólar norte-americano irá perder sua força e referência no futuro. Inclusive, o índice dólar (DXY), que compara a moeda local com outras moedas estrangeiras, aponta uma queda forte para mínimas de dois anos.
Para Ruchir Sharma, chefe de estratégia global da gigante de investimentos Morgan Stanley, que analisa a situação de perto, acredita que o “reinado do dólar provavelmente terminará quando o mundo começar a perder a confiança de que os EUA podem continuar pagando suas contas”.
Embora existam muitos candidatos para tomar o lugar do dólar, Sharma acredita que o Bitcoin é o grande favorito para destronar os norte-americanos na referência monetária.