Altcoins é um termo que surgiu no mercado de criptomoedas, após o desenvolvimento do Bitcoin (BTC), a primeira moeda digital do mundo, em 2008. De lá pra cá, são mais de 10 mil novos tokens disponíveis para compra e venda em diversas exchanges. Mas o que são as altcoins?
O que são altcoins?
Altcoins é a junção de duas palavras: “alt” – que vem de alternativas (alternativo, em português), e “coins”, que significa moedas em inglês. Assim, podemos traduzir, de forma livre, como moeda alternativas.
E de fato este conceito está correto!
Assim, o termo altcoin é usado para denominar qualquer criptomoeda que não seja o Bitcoin.
Como as altcoins funcionam?
As altcoins surgem com o objetivo de resolver algum problema presente nos blockchains já existentes, como taxas caras de transação ou demora para a validação das operações.
O processo de criação das altcoins também é diverso:
1 – Blockchain próprio
Um projeto individual de lançamento de um blockchain é uma das possibilidades de surgimento de uma altcoin.
Neste caso, é preciso uma moeda nativa – uma altcoin – para realizar o pagamento de taxas e os validadores pelas análises de transações que ocorrem dentro da rede.
2 – Blockchain terceirizado
Para se desenvolver uma altcoin, não necessariamente é preciso iniciar um blockchain do zero. É possível utilizar redes já prontas e estruturadas para isso.
O Ethereum (ETH) é onde boa parte das altcoins se apoiam para serem criadas e recebem a categoria de token ERC-20. Essa nomenclatura indica que aquela moeda opera dentro da rede do ETH.
3 – Hard Fork
As altcoins podem surgir também a partir de um processo chamado “hard fork“.
Este evento ocorre quando há uma falta de consenso sobre a metodologia do blockchain. Validadores que querem mudar as normas atuais, então, separam o último bloco e dão sequência a um blockchain novo, com uma regra nova, enquanto o antigo continua operando a partir de suas regras tradicionais.
Isso aconteceu, por exemplo, com o Bitcoin, em 2017. O hard fork dividiu a rede, criando o Bitcoin Cash (BCH) – uma altcoin. Assim, mineradores de BTC seguiram as regras antigas, enquanto operadores de BCH passaram a utilizaram normas novas.
Altcoins relevantes no mercado
Como tudo que não é Bitcoin, é uma altcoin, moedas alternativas são o que não faltam. Mas relaxe e vamos ver três que são bastante relevantes no mercado.
Ethereum (ETH)
Claro que começaríamos pela altcoin mais famosa do mundo, a Ethereum. A moeda é usada para bancar as transações que ocorrem dentro de seu próprio blockchain.
A estrutura da rede e de seu token foi uma revolução para o setor cripto, já que permitiu a criação de smart contracts, aplicativos descentralizados (dApps), finanças descentralizadas (DeFi), tokens não fungíveis (NFTs), metaverso e tecnologias que prometem ser amplamente utilizadas na Web3.
Tether (USDT)
Assim como muitos outros projetos, a altcoin Tether opera dentro do blockchain do Ethereum.
Entretanto, este token ERC-20 compõe uma categoria ainda mais distante, que é o das stablecoins, ou moedas estáveis.
No caso, a empresa responsável pela emissão de USDT afirma que cada unidade da altcoin é pareada com uma unidade de dólar depositada em suas reservas. Ou seja, para cada 100 Tethers no mercado, é necessário 100 dólares em caixa. A emissão de novos tokens exige, portanto, novos depósitos pela administradora.
Litecoin (LTC)
Essa altcoin foi criada em 2011, sendo uma das primeiras a serem desenvolvidas.
Sua base acabou sendo o Bitcoin. Porém, a proposta era solucionar algumas dificuldades que a principal criptomoeda do mundo apresentava, como lentidão para a confirmação das transações e taxas de operação muito altas.
Inclusive, se o Bitcoin é considerado o ouro digital, alguns analistas classificam a Litecoin como “prata digital“.
Altcoin vale a pena?
Com Bitcoin e Ethereum dominando as ações no mercado, dá a sensação de que as altcoins não têm muito espaço para se desenvolver. Essa percepção, porém, está errada!
Não só os projetos citados aqui, como tantos outros, atingiram sua maturidade. Mesmo assim, muitos deles ainda apresentam problemas que precisam ser relacionados, mas que sem a participação de um agente externo, seria impossível.
Por isso, projetos de altcoins ainda são extremamente relevantes e vale a pena dar uma olhada não só na pegada tecnológica que ela oferece, mas também com um viés de investimento.
Afinal, se o projeto for muito bom e solucionar vários problemas, seu preço irá subir rapidamente.
Ah! Esse é outro grande ponto interessante das altcoins. Enquanto o Bitcoin vale cerca de US$ 20 mil – preço durante a escrita deste artigo -, moedas alternativas podem ser vendidas por frações de centavos. Ou seja, os ganhos em caso de sucesso podem ser ainda maiores.
Existem, porém, riscos envolvendo as altcoins. Um projeto pode se dissolver no meio do caminho, a solução não ser inovadora o suficiente ou até mesmo ser usada para arrecadação de fundos falsos, via golpe financeiro.
Por isso, analisar bem o projeto, saber quais pessoas estão envolvidas e como a proposta pode solucionar o setor cripto é fundamental para desviar de algumas balas.
As altcoins deram um passo muito maior para o mundo do que o próprio Bitcoin. Novas aplicações e funcionalidades são adicionadas a cada dia, enquanto sabemos muito pouco sobre como o blockchain e sua tecnologia podem modificar nossa relação com burocracia, finanças e produtos.
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